O linfoma é um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, uma parte essencial do nosso sistema imunológico. Esse câncer se origina nos linfócitos, um dos tipos de glóbulos brancos existentes no sangue, e pode se manifestar de diferentes maneiras.
Neste post, vamos detalhar um pouco mais sobre o que é linfoma, os tipos existentes, suas causas, sintomas e como se dá o diagnóstico dessa doença.
O que é linfoma?
Primeiramente, é importante esclarecer que o linfoma é um câncer que tem início nos linfócitos, que são células importantes do nosso sistema imunológico. Essas células se localizam nos linfonodos, no baço, na medula óssea e em outras partes do corpo.
Dessa forma, quando os linfócitos se tornam cancerosos, eles podem se dividir rapidamente ou viver mais do que o normal, acumulando-se e formando tumores.
Tipos de linfoma
Basicamente, existem dois principais tipos de linfoma: Hodgkin e Não-Hodgkin.
Linfoma de Hodgkin
Caracteriza-se pela presença de células de Reed-Sternberg, que são células grandes e anormais, encontradas nos linfonodos. Essas células são essenciais para o diagnóstico do Linfoma de Hodgkin.
Esse tipo de linfoma é menos comum, mas geralmente tem um prognóstico melhor quando comparado ao Linfoma Não-Hodgkin.
Linfoma Não-Hodgkin
Este é um grupo mais diverso de linfomas, com mais de 60 subtipos diferentes. Eles podem se originar de linfócitos B ou T e variam amplamente em termos de agressividade e características.
Alguns subtipos são de crescimento lento, enquanto outros são mais agressivos e necessitam de tratamento imediato.
Causas
Ainda não há consenso a respeito das causas exatas do linfoma. No entanto, vários fatores de risco podem aumentar a probabilidade de uma pessoa desenvolver a doença.
Fatores genéticos: Mutação genética pode desempenhar um papel significativo no desenvolvimento desse tipo de câncer. Alterações no DNA dos linfócitos podem fazer com que essas células se dividam de maneira descontrolada.
Infecções virais: Certas infecções virais, como o vírus Epstein-Barr (associado à mononucleose), podem aumentar o risco de desenvolver a doença. Esse vírus está mais frequentemente associado ao Linfoma de Burkitt, um tipo específico de Linfoma Não-Hodgkin.
Sistema imunológico comprometido: Pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos, como aquelas com HIV/AIDS ou que tomam medicamentos imunossupressores após um transplante de órgão, geralmente têm um risco maior de desenvolver esse tipo de câncer.
Histórico familiar: Ter um parente próximo com linfoma também pode aumentar o risco, embora a maioria das pessoas com histórico familiar de linfoma nunca desenvolva a doença.
Sintomas
Os sintomas podem variar bastante, dependendo do tipo e da localização do câncer. No entanto, alguns sinais e sintomas comuns incluem:
Inchaço indolor dos linfonodos: Este é frequentemente o primeiro sinal. Os linfonodos inchados podem aparecer no pescoço, axilas ou virilha.
Febre: Muitas pessoas com linfoma apresentam febre sem uma causa aparente.
Suores noturnos: Suores excessivos à noite são um sintoma comum, especialmente no Linfoma de Hodgkin.
Perda de peso inexplicada: A perda de peso significativa e não intencional pode ser um sinal desse tipo de câncer.
Fadiga persistente: Sentir-se extremamente cansado, mesmo após uma boa noite de sono, é um sintoma comum.
Diagnóstico
Para diagnosticar o linfoma, os médicos realizam uma série de exames e procedimentos. Primeiramente, o exame físico é fundamental para verificar linfonodos inchados, fígado ou baço aumentados. No entanto, a confirmação do diagnóstico requer exames adicionais.
Biópsia de linfonodo: Este é o método mais definitivo para diagnosticar a doença. Uma amostra de tecido do linfonodo inchado é removida e examinada ao microscópio para verificar a presença de células cancerosas.
Exames de sangue: Os exames de sangue podem ajudar a avaliar a função geral do corpo e a identificar sinais de infecção ou outros problemas.
Imagens: Exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC), tomografia por emissão de pósitrons (PET scan) e ressonância magnética (RM), são usados para determinar a extensão do linfoma no corpo.
Testes moleculares e genéticos: Esses testes podem identificar alterações específicas nos linfócitos, que ajudam a determinar o tipo de linfoma e a planejar o tratamento mais eficaz.
Diagnóstico precoce ajuda no tratamento
Em síntese, o linfoma é uma doença complexa que requer uma abordagem cuidadosa para o diagnóstico e tratamento. Embora as causas exatas não sejam totalmente compreendidas, fatores como mutações genéticas, infecções virais e um sistema imunológico comprometido desempenham um papel importante.
Os sintomas podem variar, mas o inchaço indolor dos linfonodos, febre, suores noturnos, perda de peso inexplicada e fadiga persistente são sinais comuns.
O diagnóstico precoce é crucial para um tratamento eficaz, e inclui exames físicos, biópsias, exames de sangue e testes de imagem.
Portanto, se você ou alguém que você conhece apresenta sintomas de linfoma, consulte um médico imediatamente. Cuidar da sua saúde e estar atento aos sinais pode fazer toda a diferença.
O Citoprev Laboratório de Citopatologia e Anatomia Patológica é referência no Sul do Espírito Santo na realização de biópsias para detecção de doenças como o linfoma, além de outros exames.
Prezamos sempre por um diagnóstico preciso e confiável, para que seja realizado o tratamento adequado para cada caso.
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