Como é feita a biópsia de congelação? Entenda

A biópsia de congelação é um tipo de exame que ocorre durante uma cirurgia. No procedimento, o médico cirurgião remove uma pequena amostra de tecido suspeito — seja um tumor ou uma área anormal — para que o patologista rapidamente o examine.

Dessa forma, a equipe médica poderá tomar decisões importantes naquele momento, como remover mais tecido, se necessário.

Após sua retirada, a amostra é rapidamente congelada, usando nitrogênio líquido ou outro meio de resfriamento. Em seguida, essa amostra é cortada em fatias finas e corada, para melhorar a visualização sob o microscópio.

O patologista então examina essas fatias de tecido e procura por características específicas, que possam indicar se o tecido é canceroso, pré-canceroso ou benigno. Com base nessa análise rápida, o cirurgião recebe informações cruciais para orientar o restante da operação.

Se a biópsia de congelação revelar que o tecido é canceroso, o cirurgião pode optar por remover mais tecido ao redor da área afetada para garantir que toda a região cancerosa seja retirada. Se for benigno, o cirurgião pode limitar a remoção apenas à área afetada, minimizando assim a intervenção.

Essa abordagem permite uma tomada de decisão rápida e precisa durante o ato cirúrgico, ajudando a garantir que o paciente receba o tratamento mais adequado possível.

Além disso, reduz o tempo necessário para obtenção de resultados, o que pode ser crucial em situações em que a rapidez é essencial, como em cirurgias de remoção de tumores.

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Material da biópsia de congelação precisa de nova análise

No entanto, é importante frisar que a análise feita durante a biópsia de congelação fornece uma avaliação inicial do tecido durante a cirurgia, porém não definitiva.

Dessa forma, o material removido durante a biópsia de congelação precisa ser submetido a uma análise anatomopatológica mais detalhada. Essa análise é chamada de exame anatomopatológico definitivo ou exame anatomopatológico permanente.

A análise anatomopatológica definitiva é realizada em laboratório, onde o tecido é processado de forma mais completa e minuciosa. Isso envolve fixação, inclusão em parafina, corte em seções finas e utilização de corantes específicos para destacar diferentes estruturas e características celulares.

Em seguida, um patologista examina essas seções sob o microscópio. A ideia é fazer uma avaliação mais detalhada da presença de células cancerosas, grau de invasão, características histológicas e outros aspectos importantes.

Embora a biópsia de congelação forneça informações rápidas e preliminares durante a cirurgia, o exame anatomopatológico definitivo é fundamental para confirmar o diagnóstico com precisão e fornecer informações mais detalhadas, que podem guiar o tratamento subsequente do paciente.

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